(e sobre ter equilíbrio)
Eu poderia começar esse artigo falando o quando essa sociedade opressora e malvada nos cobra e nos faz ser aquilo que não queremos ser. Mas na realidade quem nos cobra somos nós mesmos. É você que escolhe não ter final de semana, é você que responde as dúvidas do cliente as 22 horas, é você que vira as noite pra dar conta de tanto trabalho e não se dá nem o luxo de reclamar, porquê "graças a Deus eu tenho trabalho pra fazer''. Será? Será que ter tanto trabalho pra fazer é sinônimo de satisfação e felicidade?
Vejo colegas de profissão vivendo situações como essa diariamente. Veja bem: é sim lindo ter força de vontade, dar duro, o famoso ''work hard, play hard'', né? Mas é preciso -assim como em todas as áreas da vida- procurar pelo equilíbrio. Nesse último domingo tive que passar a tarde trabalhando. Sim, em pleno feriado de Páscoa. Foi uma escolha para atender a demanda de um cliente importante, que me deu um prazo curto. A questão é que essa escolha foi consciente e foi a exceção.
Já terça eu acordei mal. Dormi pouco e acordei com o emocional abalado por assuntos mal acabados. Eu poderia muito bem ter dado uma de super mulher, deixado meus problemas pessoais de lado, enxugado as lágrimas e ter colocado a bunda na cadeira pra produzir mais, mas resolvi tirar o dia para mim. Fiz aquilo que me faz bem, cuidei de mim, me pus em primeiro lugar, ANTES da empresa. Que é, na realidade, onde eu (e você) devemos sempre estar.
Antes da empresa vem o empreendedor.
Vem uma pessoa. Com sentimentos, dores, necessidades. E quando esse EU não está bem, a empresa também não pode estar. Como você espera ser criativo e produtivo quando seu cérebro (e seu coração) grita por descanso e atenção?
Esse é um artigo curto, mas com uma mensagem importante: se ponha em primeiro lugar. Se valorize. Você não é sua empresa.Você é você, e é mais importante que qualquer CNPJ.
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