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Foto do escritorCarolina Schadrack

It's all about experiences





Hoje em dia temos percebido um crescente cuidado nas empresas com relação a geração Y, ou Millenials, nascidos entre 1980 até o começo dos anos 2000, afinal 25% do mercado é composto por esta massa, que nos próximos anos passará a ocupar 75% dos cargos. Por conta dessa transição de gerações, existe hoje um grande choque cultural, quanto a expectativas de trabalho e de vida, entre os Millenials e os Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964).


Entenda: quando os Baby Boomers entraram no mercado de trabalho, as pessoas tendiam a ficar no mesmo trabalho a vida inteira, e dessa maneira foram motivados por essa perspectiva de sucesso e prestigio alcançado ao longo da carreira.

Já os Millenials, nascidos no meio da era da ascensão da tecnologia e do instantâneo, enxergam suas vidas e carreiras profissionais de maneira mais flexível, focando no equilibro entre vida pessoal e profissional. Seu foco não é o prestígio, mas as experiências.

Mas afinal, o que os Millenials buscam em uma empresa?


Redes de descanso, comida grátis, jardim de inverno, estacionamento de bikes, free pass pro clube... Qual é o seu diferencial?


A sede do Google em Zurique tem uma sala de massagem, aquário e um escorregador para levar os funcionários de forma rápida e suave para o refeitório.


O escritório da Deloitte em Amsterdã foi projetado com uma sala vazia em cada andar para que os funcionários coloquem o que quiserem nelas - a maioria optou por jogos como mesas de pingue-pongue.


Na sede do LinkedIn na Califórnia, há uma sala de música com teclados, bateria, guitarra e equipamento de áudio.


Se isso ainda está longe da realidade da sua empresa, hora de rever seus conceitos: os valores mudaram. Já não é novidade que um bom salário, vale alimentação e plano de saúde deixaram de ser algo especial e passaram pro básico. Essa é uma realidade que tende a se consolidar nos próximos anos como modelo para todos aqueles que buscam se diferenciar em um mercado que luta para conseguir mão de obra qualificada.

Vivemos hoje uma crise de mão de obra especializada, que tende a se intensificar radicalmente nos próximos anos.

O déficit de profissionais no Brasil em 2020 será de 7%. Em 2030, esse valor passa para 33%.

Nesse cenário, como podemos atrair e reter bons profissionais?

Através do ambiente de trabalho. Uma pesquisa realizada ao redor do mundo com 7000 profissionais, "Workplace, powered by human experience", mostra que tanto empregador quanto empregado, vem a experiência humana como fator principal para determinar o formato do ambiente de trabalho. O estudo demonstra ainda que os profissionais estão fugindo de escritórios tradicionais: 37% deles querem sair de suas mesas, 40% quer encontrar lugares para recarregar sua energia e 47% quer ter espaços designados para atividades que exigem concentração. Seus funcionários são seu maior investimento, e se é isso o que eles estão buscando, talvez seja isso que você deveria buscar na sua empresa.

Porém, do mesmo modo que cada empresa é diferente. cada escritório é diferente, e o seu design precisa estar diretamente conectado com os valores do negócio. Não adianta colocar um escorregador gigante em uma empresa tradicionalista. Nesses casos os próprios funcionários ridicularizam a ação, pois não condiz com a cultura do lugar. Então por onde começar? Aqui no escritório procuro fazer uma avaliação bastante profunda do negócio, para entender como funciona, qual é a personalidade da marca, o tipo de cliente, de funcionário, o que (ou quem) a empresa espera atingir com o projeto. Se você não quer fazer um grande investimento de primeira, uma sugestão é fazer testes com diferentes áreas, e analisar como as pessoas respondem. Além disso, procure ouvir as pessoas. Você não precisa fazer tudo o que pedirem, mas ouvi-las as faz sentir parte da empresa, o que acaba gerando engajamento, e muitas vezes aponta soluções simples para problemas de que você não estava ciente.

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